No último dia 30 de agosto, completou um ano do meu retorno à Brasília. Mal voltei, já me envolvi num grupo de pesquisa e extensão da Universidade de Brasília, o LAFA – Laboratório de Fotografia Alternativa. Em outubro vai fazer um ano que estou trabalhando no LAFA como membro externo e, esse é um dos motivos do meu sumiço aqui do blog, já que o grupo promove várias ações e eu sempre tenho algum trabalho para fazer.
Além disso, semestre passado cursei duas disciplinas na UnB, uma do mestrado como aluna especial e outra da graduação a convite da coordenadora do LAFA, Ruth Sousa. Além das aulas teóricas e leituras, tive que desenvolver trabalhos nas duas disciplinas, portanto isso também ocupou bastante o meu tempo. Dei continuidade ao meu projeto do film swap ou troca de filmes nas duas disciplinas e as fotos desse post fazem parte desses trabalhos.
Na disciplina Métodos de Deriva e Outros Deslocamentos, tínhamos que apresentar uma proposta que acontecesse a céu aberto e em deslocamento como parte do evento Coordenadas, que se trata de ações coletivas desenvolvidas pelos artistas que cursaram a disciplina. O título escolhido pela turma para a edição de 2025 foi Descoordenadas, comemorando 10 anos de existência do evento Coordenadas.

A minha proposta foi uma caminhada fotográfica, onde criamos um film swap coletivo. Minha intenção era reproduzir, na minha cidade, as caminhadas fotográficas que eu costumava participar na Holanda. O título da proposta é Adentrar túneis e a rota foi escolhida em função da existência de passagens subterrâneas que usamos para atravessar pistas. Durante a caminhada, registrei a ação com um Kodak Gold 200 enquanto os colegas fotografavam com um Ilford FP4 125. Ao longo da realização das outras propostas, fotografei o filme preto e branco novamente e o resultado é um desdobramento do meu projeto de troca de filmes.




Na disciplina Oficina de Foto 2, tínhamos que desenvolver projetos autorais e eu dei continuidade ao projeto film swap, pensando nos aspectos conceituais e formais, como a montagem para uma exposição. A foto abaixo é de uma sugestão de montagem que enfatiza o aspecto processual do fazer analógico. Escrevi um ensaio poético e o trabalho agora leva o título de Encontros às cegas. Inclusive, já tenho uma outra colaboração desse projeto aguardando para ser fotografada.

No primeiro semestre, também participei de duas edições da Feira Colaborativa de Arte Impressa MOTIM, representando o LAFA e também participei de uma exposição em comemoração aos 12 anos do grupo. Estou participando de uma outra exposição na Fundação Athos Bulcão, a convite de um dos colegas que cursou a disciplina do mestrado comigo, e vou representar o LAFA novamente na próxima edição da MOTIM, nos dias 20 e 21 de setembro. Participei também da produção de uma outra exposição do LAFA que está na Câmara dos Deputados e vai até o dia 25 de setembro.
Por fim, vou ministrar um curso de fotografia analógica básica em outubro, então estive também trabalhando na criação desse curso. Simultaneamente, estou convivendo com duas gatas idosas que vêm apresentando problemas de saúde, mas isso é assunto para um outro post. Tenho a intenção de fazer um mestrado em artes, resta saber se vou conseguir escrever meu pré-projeto a tempo de participar da seleção do ano que vem.
Agradeço os comentários que vocês deixaram no último post e por continuarem aparecendo por aqui, mesmo que minha casinha virtual esteja um pouco abandonada. A vida anda agitada desde que voltei, bem diferente da vida que eu levava em Amsterdam. Mas já adianto que estou bem satisfeita de ter voltado para a minha terra onde é verão o ano todo e eu entendo como as coisas funcionam. Espero conseguir voltar em breve para contar sobre os perrengues com Lola e Amélie.
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