Kiev

Kiev em analógica

June 10, 2015

Estava eu aqui revendo umas fotos antigas e me deu muita saudade de fotografar em filme. Tem muito tempo que eu não pego uma câmera analógica para fotografar e quero ver se eu ainda manjo dos paranauê. Eu gostava muito de fotografar com a Olympus Trip 35 que afanei da minha mãe. Mas ela começou a travar e eu a deixei de lado. Daí eu fotografei bastante com a Diana Mini quando houve aquela febre das lomos. Provavelmente voltarei a fotografar com ela, pois foi uma das sobreviventes da mudança. “Mas o que aconteceu na mudança?”, calma que eu te explico. A caixa onde estava a nossa coleção de câmeras chegou completamente molhada, então acho que boa parte delas não funcionam mais. Quer dizer, elas podem até funcionar, mas pode ser que saia umas coisas bem experimentais porque as lentes chegaram sujas e manchadas. Como a dianinha é de plástico, não creio que a maresia tenha afetado o funcionamento dela.

Ainda penso em fazer uns testes com a tripinha (apelido carinhoso da Olympus Trip 35) para ver o que sai. Como filmes e revelação por aqui são coisas muito baratas, não preciso ficar com pena de gastar e posso fotografar como se não houvesse amanhã. Em Brasília, só havia dois ou três lugares que revelavam filme e não era nada barato. Tanto que eu e marido demorávamos anos para revelar nossos filmes. Filme cromo só tinha como revelar em São Paulo. Ou seja, eu tenho que aproveitar esse paraíso da fotografia analógica! “Mas por que você quer fotografar com analógica?”, eu respondo: porque é uma delícia! Você precisa pensar antes de apertar o botão e tem aquela sensação de nunca saber o que vai sair. Daí quando você manda revelar e vê que saíram fotos maravilhosas, que você nem lembrava que tinha feito, é uma surpresa deliciosa. Melhor do que falar, é mostrar. Então dá uma olhadinha nas fotos abaixo que marido fez com filme e me diz se eu estou errada.

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Marido chegou aqui antes de mim e fotografou a cidade com uma Ricoh 35 ZF (as duas primeiras fotos) que ele trouxe na bagagem. Depois ele comprou aqui uma Kiev 88 (médio formato) e a foto acima foi feita com ela. A única edição feita nessas fotos foi o crop.

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As três fotos acima ele fez com uma Voigtlander também comprada aqui e eu decidi que vou fotografar com ela, vamos ver o que vai sair. Na foto acima ele conseguiu registrar o mural da Gapchinska que eu comentei nesse post que não tinha conseguido fotografar. Simplesmente não lembrava que ele tinha feito essa foto. Aqui no blog tem algumas fotos em filme nos primeiros posts: esse aqui, esse e esse.

Além da sensação gostosa de fotografar com filme, tem a grande vantagem das fotos não se perderem. Eu fiquei meio traumatizada depois que nosso HD queimou sem backup e perdemos 9 anos de fotos. Mas os negativos estão todos guardadinhos carregando nossas memórias de viagens e outros momentos importantes registrados em filme. É só mandar imprimir e ser feliz. Uma salva de palmas para a fotografia analógica!

Fotos por R. Dourado

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  • Bárbara Hernandes June 11, 2015 at 11:37 am

    Meeeeeeeu, que fotos lindas, que cores! Fiquei boba. Nós tínhamos uma analógica em casa quando eu era mais nova e quem fazia as fotos nos aniversários e tal era sempre eu – toda semana estava na loja revelando filmes!

    Eu adoro a praticidade da digital, mas sim, a analógica tem muitas vantagens, principalmente aguçar o nosso olhar de modo que não desperdicemos a foto, né? Fora que eram 12, 24 ou 36 poses quando hoje, numa viagem, a gente tira centenas!

    Agora, perder 9 anos de fotos… caramba, é de traumatizar muito! Eu tenho backup no HD externo e nuvem, mas tenho muito medo de perder (vez ou outra imprimo tipo ‘as melhores fotos’ de alguma ocasião) e penso em ter mais uma forma de backup também, só não sei o quê.

    Adorei esse post!

    • Alessandra Araújo June 11, 2015 at 3:00 pm

      Que bom que gostou, Bárbara! Pois é, foi traumatizante e as fotos que sobraram foram algumas poucas que imprimi, os negativos, algumas no flickr, no meu email e no facebook. O resto se perdeu. Da viagem que fizemos pra Inhotim e Ouro Preto sobrou só as memórias mesmo. Mas é a vida neh, vamos inprimir as melhores daqui pra frente e tirar muitas com analógica além de digital. Beijão!

  • Paula A. June 13, 2015 at 7:55 pm

    Voltei a brincar com analógica – depois de décadas – esse ano também, e tô adorando! Ainda não mandei revelar meu primeiro filme, mas está quase acabando e mal posso esperar pra ver o que saiu. Peguei um filme normalzão mesmo agora, só pra praticar e ver no que dá. Suas fotos ficaram lindas demais! Adorei a das folhsa – mas sou suspeita, adoro uma foto de folhas secas/avermelhadas.

    • Alessandra Araújo June 13, 2015 at 8:25 pm

      É muito legal fotografar com analógica, Paula. Espero que suas fotos tenha ficado incríveis e que você compartilhe no blog. Essas fotos foram feitas pelo marido. Eu ainda vou começar a fotografar por aqui. 🙂

  • Taís June 16, 2015 at 10:22 am

    Fotografia analogica é tão amor! Amei as fotos, dá uma sensação muito gostosa olhar pra elas <3
    E aproveita que é barato revelar por aí e faça muitas fotos com a analogica, e claro, venha mostrar aqui pra gente!

    • Alessandra Araújo June 16, 2015 at 4:21 pm

      Mostrarei sim, Taís. Aguarde e confira. 🙂

  • Ana July 19, 2015 at 10:11 pm

    Fotografia analógica é só amor! As cores são inimitáveis. Eu amo fotografar com minha canon ae1. Você me deu uma ótima ideia para o meu blog, porque tenho tantas fotos da minha cidade e de pequenas viagens que fazemos. Adorei esse post!

    • Alessandra Araújo July 20, 2015 at 8:58 pm

      Compartilha as suas analógicas, Ana! Com certeza tem muita coisa linda.

  • 12 meses de projeto analógico – Um Novo Destino October 20, 2020 at 12:52 pm

    […] vontade de voltar a fotografar com analógica é antiga e eu já tinha comentado sobre ela nesse post de 2015. A ideia era fotografar bastante enquanto eu morava em Kiev porque a revelação lá era […]