Cotidiano, Kiev

Museu Pirogovo em Analógica

August 29, 2019

Recentemente, a Taís postou sobre a visita dela ao Museu Pirogovo e, enquanto editava umas fotos antigas, passei por essas fotos do Pirogovo em analógica que nunca postei aqui. Não tinha gostado do resultado na época, mas depois de fazer o workshop com a Nikki, resolvi dar uma editada nessas fotos e fiquei mais satisfeita.

Perguntei se a Nikki editava as fotos analógicas dela e ela disse que sim, porque às vezes as fotos estão lavadas demais e precisam de um tapa no contraste. Eu era meio purista e achava que as fotos analógicas não deveriam ser editadas. Aquele tipo de limitação besta que a gente impõe a si mesmo, sabe?

Como hoje é quinta-feira, dia de Throwback Thursday, achei que era uma boa oportunidade para relembrar esse solstício do verão de 2015. O filme usado foi um Lomography ISO 100 e as cores não foram editadas. Só ajustei a exposição, porque as fotos saíram levemente estouradas, e dei um tapa no contraste. A câmera usada foi uma Voigtländer Vitomatic IIa, fabricada entre 1960 e 1964. Lembro que não tinha gostado das fotos por conta da nitidez e essa câmera é péssima para fazer o foco. É aquele foco de encaixar a imagem com um agravante: nesse modelo, o ponto onde você olha para fazer o foco é simplesmente uma manchinha amarela sem borda.

Nunca mais quis usar essa câmera de tão ruim que foi a experiência de focar com ela. Quanto à nitidez, já não me incomoda mais. Agora, a falta de nitidez me remete a uma memória distante que começa a desbotar e eu gosto da estética de sonho da analógica como já comentei no post com as fotos que fiz com a Ricoh 35 ZF. Depois de estudar um bocado, aprendi que foco cravado não é característica desses modelos de câmera.

Estas duas últimas fotos me lembraram o filme “A bruxa”, alguém aí já assistiu? Detalhe que eu fiz as fotos antes do filme ser lançado, então nem dá para dizer que foi uma referência. Se bem que eu tenho a referência de “A bruxa de Blair” que tem relação com essa coisa floresta, cabine no meio do mato… Não é à toa que a Ucrânia é cheia de superstições e histórias sobrenaturais. Bom, já viajei demais. Melhor voltar a editar as fotos antigas hehe.

You Might Also Like

  • Gabi Ramalho September 3, 2019 at 3:12 am

    Aaaa eu adorei esse trecho aqui “a falta de nitidez me remete a uma memória distante que começa a desbotar” porque é justamente o sentimento que essas fotos me passaram, mesmo não sendo eu a ter vivido essas experiências hahaha que loucura. E as últimas fotos me lembraram também um pouco do filme kkk

    • Alessandra September 3, 2019 at 10:13 am

      É a magia da analógica, essa estética nos traz essa sensação de nostalgia, memórias distantes, sonhos. Se as últimas fotos te lembraram o filme também, então não é loucura minha hahaha

  • Taís September 3, 2019 at 11:37 am

    Que legal que você deu uma segunda chance pra essas fotos e postou aqui, Alê. Elas tão carregadas de nostalgia, gosto desse sentimento com as analogicas.. e mesmo tendo visitado o lugar, pude sentir uma perspectiva diferente. Adorei!
    🙂

    • Alessandra September 3, 2019 at 11:52 am

      É bom olhar as fotos depois de um tempo porque elas ganham novos significados, sentimentos. Feliz que você curtiu! <3

  • BA MORETTI September 22, 2019 at 3:18 pm

    nossa isso já aconteceu muito comigo de olhar registros antigos e passar a olhar com mais carinho. a gente vai adaptando nossos gostos né? novas formas de ver o mundo etc. um dos motivos de eu gostar de rever meus registros de tempos em tempos. é sempre uma sensação nova 🙂

    • Alessandra October 8, 2019 at 12:37 pm

      é bem gostoso mesmo revisitar esses registros e olhar com mais carinho. <3